sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Uma constante tristeza!

Ela não consegue estabelecer uma conversa com os pais.
Ela sente-se como uma estranha em sua casa!
Sente um vazio enorme em sua alma.
Para pra pensar e vê que não tem nada, que sua vida é construída em um monte de arreia que ao menor sopro tuda desaba.
Ela sente um enorme vazia, nada faz sentido, não tem vontade de nada por ela ficava jogada na cama olhando pro nada, pensando em nada.
Nada, é o que ela é, é o que sua vida é, nada de amor, nada de carinho, nada de felicidade, nada de vitórias, conquistas, sucesso.
Nada de nada!
Seus dias são sucesivamente cinzentos, só angustia, dor, tristeza, ela até luta para afastar os pensamentos pessimistas, mas, não consegue!
Nada lhe dá prazer, ela vive com um constante mal-estar, uma dor de cabeça incessante.
Ela quer fugir, tem uma vontade incontrolável de fugir, mas sua fuga resume-se em dormir!
Dormindo ao menos, não há tristeza, não há angustia, não há dor!
Ela não sabe o que fazer, está desconcertada,desconcentrada, desesperada! 
Não que grite, xingue, seu desespero é com ela mesma, é interno.
Está envelheçendo e não possui nada, todas as suas amigas tem carreira constituída, família constituída e ela não tem nada.
Ela tenta progredir, mas os seus pais dizem que não é possivél pagar o cursinho, que não tem nada obrigação de arcar com as despesas, que ela não pode ficar todo dia na estrada à noite, que eles ficam preocupados...São inúmeros os motivos, as desculpas.
Ela chora, não que escorram lágrimas em seus olhos, ela chora por dentro.
Sente-se cada dia mais cansada, apesar de não fazer nada, está emocionalmente cansada.
Pensa em tomar todos os calmantes que estão em seu armário, e assim, finalmente descansar, mas e se seu plano não der certo?
Passar a humilhação de ser uma suicida fracassada?
Mais uma humilhação em sua vida?
Só iria piorar as coisas, além de ser apontada nas ruas como gorda, feia, filha adotiva, cabelo duro, acrescentar a alcunha de suicida, ela não aguentaria!
Ela tem um nó na garganta.
Hoje novamente seu pai a humilhou.
Chamou-a indiretamente de gorda, e em seu olhar e em sua voz, havia raiva.
Como sempre desde de crinança, ela não é uma princesa, porque é gorda, a filha tão sonhada, tão amada é gorda, e não merece ser amada.
Lembra com saudade da época que teve anorexia de como era feliz, bonita e amada.
Pensa no que é hoje...uma pessoa feia, disforme, rejeitada.
E chora internamente, chora!
Não quer que sintam pena dela, quer que pensem o que eles já pensam, que ela é preguiçosa, não tem força de vontade, não quer nada com a vida e tudo que eles já pensam, antes isso do que ser uma pessoa emocionalmente frágil.
Ela termina dando um longo suspiro!

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